El Comercio De La República - BB em Crise: Hora de Vender?

Lima -

BB em Crise: Hora de Vender?




O Banco do Brasil, um dos pilares do sistema financeiro brasileiro, atravessa uma fase de incertezas que tem abalado a confiança de investidores. Suas ações, negociadas sob o código BBAS3, registraram quedas expressivas nos últimos meses, reacendendo o debate: "Para mim chega! É o fim do Banco do Brasil?" Com as eleições de 2025 se aproximando, a pergunta que ecoa no mercado é clara: chegou a hora de vender?

Ações em Queda Livre
No início de 2025, o banco anunciou um lucro líquido de R$7,4 bilhões referente ao primeiro trimestre, um número que, à primeira vista, parece robusto. No entanto, o resultado representou uma queda de 20,7% em relação ao mesmo período de 2024 e ficou bem abaixo do que o mercado esperava. A decepção foi imediata: em uma única sessão, as ações do Banco do Brasil despencaram 12,69%, refletindo a frustração dos investidores com a performance aquém do projetado.

A rentabilidade do banco também sofreu. O retorno sobre o patrimônio líquido caiu para 15,8%, o menor patamar em anos, sinalizando dificuldades em manter a lucratividade em um cenário econômico desafiador.

Setor Agrícola e Regras Contábeis no Centro da Crise
A origem dos problemas está em dois fatores principais. O primeiro é a deterioração da qualidade dos ativos no setor agrícola, uma das carteiras mais importantes do banco. A inadimplência nesse segmento subiu para 3,04%, pressionada por adversidades climáticas e oscilações nos preços de commodities como soja e milho. Produtores rurais, clientes históricos do banco, enfrentam dificuldades que reverberam diretamente nos números da instituição.

O segundo fator é a adoção de novas regras contábeis, que exigem provisões mais rigorosas para perdas esperadas em crédito. Essa mudança impactou diretamente o balanço do banco, reduzindo o lucro e aumentando a percepção de risco entre os analistas.

Analistas Reavaliam o Banco
A resposta do mercado financeiro não tardou. Grandes casas de análise ajustaram suas recomendações para as ações do Banco do Brasil, passando de "compra" para "manter" ou "neutro". A preocupação com a saúde financeira da instituição, aliada aos desafios estruturais, levou a uma onda de cautela. Para muitos especialistas, o banco precisa demonstrar capacidade de reverter esse quadro antes de recuperar a confiança plena do mercado.

Eleições 2025: Um Fator de Risco Adicional
Como se não bastassem os problemas internos, o cenário político adiciona mais incerteza. Com as eleições de 2025 no radar, paira no ar o receio de que o Banco do Brasil, por ser uma empresa estatal, sofra interferências ou mudanças bruscas em sua gestão e estratégia. Historicamente, decisões políticas já influenciaram o rumo do banco, e o atual clima de polarização só intensifica essa preocupação. A possibilidade de novas políticas econômicas ou pressões do governo eleito pode impactar ainda mais o desempenho das ações.

Vender ou Aguentar?
Diante desse panorama, os investidores se dividem. Para os mais avessos ao risco, a combinação de ações derretendo e incertezas políticas é um sinal claro de saída. Já os que apostam no longo prazo veem o preço atual como uma possível oportunidade de compra, caso o banco consiga superar os obstáculos à frente.

O Banco do Brasil não está à beira do fim, mas certamente vive um momento crítico. A resposta à pergunta "É hora de vender?" depende do apetite ao risco e da paciência de cada investidor. Uma coisa é certa: com as ações em queda e as eleições no horizonte, o futuro da instituição será acompanhado de perto por todos.



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Trump e o tarifaço no Brasil

O governo dos Estados Unidos impôs neste início de agosto uma tarifa-base de 10 % sobre todas as importações e penalidades adicionais de 40 % contra o Brasil, elevando o tributo efetivo para 50 %. A medida resulta da nova ordem executiva norte-americana que aplica tarifas “recíprocas” a países considerados concorrentes injustos. Economistas alertam que o choque tarifário tende a agravar pressões inflacionárias globais e encarecer insumos industriais.Exportações em risco, mas menores que há uma décadaApesar de o Brasil ter diversificado parceiros, os EUA ainda absorveram cerca de US$ 35 bilhões em produtos brasileiros em 2024. Itens como aço, celulose, calçados e carne bovina agora entram no mercado norte-americano com metade do valor retido em impostos, o que pode reduzir margens ou provocar desvios de carga para a Ásia.Impacto direto nos mercados financeirosDesde os anúncios preliminares, o real oscilou perto de R$ 5,50 por dólar e o Ibovespa recuou 2,8 % em dois dias, com quedas acentuadas em siderurgia e papel-celulose. Já empresas voltadas ao consumo interno e exportadoras para a China mostraram relativa resiliência, sugerindo rotação setorial entre investidores.O que fazer com seus investimentos?- Proteção cambial: dolarizar parte da carteira ou usar fundos atrelados a moeda forte reduz o risco de desvalorização do real.- Renda fixa indexada à inflação: caso o repasse de custos eleve os preços, papéis atrelados ao IPCA ganham atratividade.- Ações voltadas ao mercado interno: varejo alimentar, energia e saneamento tendem a sentir menos o choque tarifário norte-americano.- Commodities defensivas: produtores de soja e minério podem redirecionar vendas para a Ásia, compensando parte da perda nos EUA.Resposta de BrasíliaO Ministério da Fazenda avalia contestar as tarifas na OMC, mas, no curto prazo, busca acordos setoriais para mitigar o impacto no aço e na proteína animal. Paralelamente, o Banco Central sinalizou que pode intervir no câmbio para conter volatilidade excessiva, reforçando linhas de swap cambial.Cenário de médio prazoAnalistas projetam que, mesmo com o golpe inicial, o PIB brasileiro de 2025 ainda pode crescer perto de 1,8 %, sustentado pelo consumo doméstico e pelo agronegócio. Contudo, a incerteza comercial adiciona prêmio de risco: títulos soberanos brasileiros em dólares já pagam cerca de 25 pontos-base a mais desde o decreto.ConclusãoO tarifaço de Trump não afunda o Brasil de imediato, mas obriga empresas e investidores a reverem cadeias de valor, custos de capital e estratégias de diversificação. Quem ajustar portfólio e gestão de riscos agora estará melhor posicionado para um cenário de comércio mundial mais fragmentado.

Brasil: Crise Econômica em 2025

Brasil enfrenta um momento de grande incerteza econômica. Com projeções de crescimento revisadas para baixo, preocupações com a sustentabilidade fiscal e uma inflação persistente, o país se prepara para desafios significativos em 2025. Além disso, fatores externos e internos, como o cenário político e as tensões globais, aumentam a complexidade do panorama. Neste artigo, exploramos os principais perigos e o que mais preocupa os brasileiros hoje.Cenário EconômicoAs projeções para o crescimento do PIB brasileiro em 2025 estão sendo revisadas para baixo por instituições internacionais. Estimativas que antes apontavam um crescimento de 2,2% foram reduzidas para 1,8%, enquanto outras projeções indicam 2%. O governo brasileiro, por outro lado, mantém uma perspectiva mais otimista, prevendo um crescimento de 2,3% para este ano e 2,5% para 2026. Essa diferença de visões sublinha a incerteza que ronda a economia nacional.Desafios FiscaisA sustentabilidade fiscal é uma preocupação central. Há alertas sobre a necessidade de um arcabouço fiscal sólido e uma reforma tributária para conter o aumento da dívida pública, que já está em níveis altos quando comparada a outros países emergentes. Sem essas ações, o risco de uma crise de dívida séria paira sobre o Brasil.Pressão InflacionáriaA inflação segue como um problema persistente. Projeções apontam que ela pode permanecer acima da meta de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual. Fatores como a depreciação do real e os efeitos prolongados de políticas monetárias mais rígidas alimentam essa pressão, dificultando o controle dos preços.Política e Fatores ExternosO cenário político contribui para a instabilidade. Com eleições no horizonte e possíveis mudanças nas políticas econômicas, a continuidade das reformas necessárias está em xeque. Fora do país, a desaceleração econômica global e tensões geopolíticas podem atingir o Brasil, especialmente por sua dependência de exportações de commodities.Outras PreocupaçõesAlém disso, as mudanças climáticas afetam diretamente o agronegócio, essencial para a economia brasileira. A evolução tecnológica e questões sociais, como desigualdade e desemprego, também geram inquietação entre a população.ConclusãoEm resumo, o Brasil encara um 2025 marcado por incertezas econômicas. Desafios fiscais, inflação elevada e um contexto político e externo instável demandam políticas firmes e reformas estruturais. A resposta do governo será decisiva para evitar que o pior cenário se concretize.

UE: Eleições Austríacas abalam o Establishment

Analisamos a recente sondagem austríaca que deu a vitória ao Partido da Liberdade, de extrema-direita, e explicamos porque é que a bandeira da União Europeia voltou a voar nas instituições europeias.