El Comercio De La República - Tesouros ocultos 2025

Lima -

Tesouros ocultos 2025




Depois de um 2024 marcado pela escalada das “gigantes da IA”, 2025 começou com índices renovando recordes ao mesmo tempo em que a expectativa de cortes nos juros dos EUA ganha força – alguns agentes de mercado projetam o primeiro movimento já em setembro, criando um cenário de rotação para setores sensíveis a taxas mais baixas. Mesmo com valuations esticados nas blue chips, persistem bolsões de preço atraente para quem mira o longo prazo.

1. TSMC (TSM): a espinha dorsal dos chips
Embora Nvidia e outras estrelas de IA negociem a múltiplos elevados, a maior foundry do mundo segue precificada a desconto em relação aos pares, mesmo sendo crítica para todo o ecossistema de semicondutores avançados. Analistas destacam que a receita deve acelerar com novos contratos de 2 nm, enquanto o múltiplo P/L permanece abaixo da média histórica do setor.

2. Pequenas e médias ligadas à infraestrutura de IA
O entusiasmo por big tech ofuscou empresas menores que constroem data centers, implantam redes de fibra e produzem componentes ópticos. Companhias como Sterling Infrastructure, Lumentum Holdings e Argan exibem balanços robustos, margens em expansão e valuations que ainda refletem o fraco desempenho do índice Russell 2000 em 2024. Muitos gestores veem aqui o maior potencial de reprecificação quando o fluxo migra de mega-caps para small caps.

3. Hidrogênio verde: Thyssenkrupp Nucera na linha de frente
O mercado global de hidrogênio pode alcançar US$ 500 bi em receitas já em 2025, impulsionado por metas climáticas nos EUA e na Europa. Fabricante de eletrólisadores, a alemã Thyssenkrupp Nucera surpreendeu com vendas 30 % maiores e alta de 14 % nas ações após resultados, mostrando resiliência mesmo diante de incertezas regulatórias.


4. Sabesp (SBSP3): saneamento com gatilhos de privatização
Um ano após a desestatização, a companhia paulista avançou 26 % na B3, amparada por backlog de R$ 35 bi para universalizar serviços até 2029 e política de dividendos mais agressiva. O setor de saneamento ainda apresenta penetração inferior à média da OCDE, oferecendo crescimento previsível e protegido da volatilidade cambial.

5. Saúde digital: Hinge Health (HNGE) acelera
O IPO de maio valorizou 52 % até agosto, mas o múltiplo de 7,5 × receita segue modesto frente a pares de software médico. A receita saltou 55 % a/a no 2T 2025 graças ao modelo de fisioterapia por IA e à expansão para mais de 2,300 clientes corporativos. A digitalização da saúde, com mercado de terapêutica digital projetado em US$ 18 bi até 2030, sustenta horizonte de crescimento.

Conclusão
Em 2025 o debate não é “comprar ou não ações”, mas onde encontrar valor quando os holofotes estão em outro lugar. Fundos de IA, saneamento básico brasileiro, infraestrutura para data centers, hidrogênio verde e saúde digital formam um quinteto capaz de equilibrar crescimento estrutural com preços ainda atrativos. Para o investidor de longo prazo, esses tesouros ocultos podem ser o antídoto contra um mercado cada vez mais concentrado em poucos nomes líderes.



Apresentou


Trump e o tarifaço no Brasil

O governo dos Estados Unidos impôs neste início de agosto uma tarifa-base de 10 % sobre todas as importações e penalidades adicionais de 40 % contra o Brasil, elevando o tributo efetivo para 50 %. A medida resulta da nova ordem executiva norte-americana que aplica tarifas “recíprocas” a países considerados concorrentes injustos. Economistas alertam que o choque tarifário tende a agravar pressões inflacionárias globais e encarecer insumos industriais.Exportações em risco, mas menores que há uma décadaApesar de o Brasil ter diversificado parceiros, os EUA ainda absorveram cerca de US$ 35 bilhões em produtos brasileiros em 2024. Itens como aço, celulose, calçados e carne bovina agora entram no mercado norte-americano com metade do valor retido em impostos, o que pode reduzir margens ou provocar desvios de carga para a Ásia.Impacto direto nos mercados financeirosDesde os anúncios preliminares, o real oscilou perto de R$ 5,50 por dólar e o Ibovespa recuou 2,8 % em dois dias, com quedas acentuadas em siderurgia e papel-celulose. Já empresas voltadas ao consumo interno e exportadoras para a China mostraram relativa resiliência, sugerindo rotação setorial entre investidores.O que fazer com seus investimentos?- Proteção cambial: dolarizar parte da carteira ou usar fundos atrelados a moeda forte reduz o risco de desvalorização do real.- Renda fixa indexada à inflação: caso o repasse de custos eleve os preços, papéis atrelados ao IPCA ganham atratividade.- Ações voltadas ao mercado interno: varejo alimentar, energia e saneamento tendem a sentir menos o choque tarifário norte-americano.- Commodities defensivas: produtores de soja e minério podem redirecionar vendas para a Ásia, compensando parte da perda nos EUA.Resposta de BrasíliaO Ministério da Fazenda avalia contestar as tarifas na OMC, mas, no curto prazo, busca acordos setoriais para mitigar o impacto no aço e na proteína animal. Paralelamente, o Banco Central sinalizou que pode intervir no câmbio para conter volatilidade excessiva, reforçando linhas de swap cambial.Cenário de médio prazoAnalistas projetam que, mesmo com o golpe inicial, o PIB brasileiro de 2025 ainda pode crescer perto de 1,8 %, sustentado pelo consumo doméstico e pelo agronegócio. Contudo, a incerteza comercial adiciona prêmio de risco: títulos soberanos brasileiros em dólares já pagam cerca de 25 pontos-base a mais desde o decreto.ConclusãoO tarifaço de Trump não afunda o Brasil de imediato, mas obriga empresas e investidores a reverem cadeias de valor, custos de capital e estratégias de diversificação. Quem ajustar portfólio e gestão de riscos agora estará melhor posicionado para um cenário de comércio mundial mais fragmentado.

Brasil: Crise Econômica em 2025

Brasil enfrenta um momento de grande incerteza econômica. Com projeções de crescimento revisadas para baixo, preocupações com a sustentabilidade fiscal e uma inflação persistente, o país se prepara para desafios significativos em 2025. Além disso, fatores externos e internos, como o cenário político e as tensões globais, aumentam a complexidade do panorama. Neste artigo, exploramos os principais perigos e o que mais preocupa os brasileiros hoje.Cenário EconômicoAs projeções para o crescimento do PIB brasileiro em 2025 estão sendo revisadas para baixo por instituições internacionais. Estimativas que antes apontavam um crescimento de 2,2% foram reduzidas para 1,8%, enquanto outras projeções indicam 2%. O governo brasileiro, por outro lado, mantém uma perspectiva mais otimista, prevendo um crescimento de 2,3% para este ano e 2,5% para 2026. Essa diferença de visões sublinha a incerteza que ronda a economia nacional.Desafios FiscaisA sustentabilidade fiscal é uma preocupação central. Há alertas sobre a necessidade de um arcabouço fiscal sólido e uma reforma tributária para conter o aumento da dívida pública, que já está em níveis altos quando comparada a outros países emergentes. Sem essas ações, o risco de uma crise de dívida séria paira sobre o Brasil.Pressão InflacionáriaA inflação segue como um problema persistente. Projeções apontam que ela pode permanecer acima da meta de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual. Fatores como a depreciação do real e os efeitos prolongados de políticas monetárias mais rígidas alimentam essa pressão, dificultando o controle dos preços.Política e Fatores ExternosO cenário político contribui para a instabilidade. Com eleições no horizonte e possíveis mudanças nas políticas econômicas, a continuidade das reformas necessárias está em xeque. Fora do país, a desaceleração econômica global e tensões geopolíticas podem atingir o Brasil, especialmente por sua dependência de exportações de commodities.Outras PreocupaçõesAlém disso, as mudanças climáticas afetam diretamente o agronegócio, essencial para a economia brasileira. A evolução tecnológica e questões sociais, como desigualdade e desemprego, também geram inquietação entre a população.ConclusãoEm resumo, o Brasil encara um 2025 marcado por incertezas econômicas. Desafios fiscais, inflação elevada e um contexto político e externo instável demandam políticas firmes e reformas estruturais. A resposta do governo será decisiva para evitar que o pior cenário se concretize.

UE: Eleições Austríacas abalam o Establishment

Analisamos a recente sondagem austríaca que deu a vitória ao Partido da Liberdade, de extrema-direita, e explicamos porque é que a bandeira da União Europeia voltou a voar nas instituições europeias.