El Comercio De La República - Bahia: O Declínio Econômico

Lima -

Bahia: O Declínio Econômico




A Bahia, um dos estados mais emblemáticos do Brasil, conhecido por sua rica cultura, história e belezas naturais, enfrenta um desafio profundo e alarmante: o aumento crescente da pobreza e a estagnação econômica. Com 46% de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza e um PIB per capita de apenas R$ 28 mil, 49% abaixo da média nacional, o estado se encontra em uma posição preocupante.

Segundo dados de 2023, a Bahia tinha o segundo maior número absoluto de pessoas pobres do país, com 6,9 milhões de habitantes vivendo abaixo da linha da pobreza. Além disso, o estado possui o maior número de pessoas em extrema pobreza, com 1,3 milhão de habitantes, ou 8,8% da população, vivendo com menos de R$ 210 por mês. Regiões como o Vale do Rio São Francisco e o oeste do estado são especialmente afetadas, com mais de 50% da população em situação de pobreza. Mesmo em Salvador, a capital, 34,4% da população estava abaixo da linha de pobreza em 2023.

Um dos principais fatores que contribuem para essa situação é a precariedade do mercado de trabalho. O estado registra uma das maiores taxas de desemprego do país, especialmente entre os jovens, com mais de 20% deles sem emprego. A informalidade no mercado de trabalho também é uma realidade para grande parte da população, que se vê obrigada a aceitar empregos temporários e com baixos salários, muitas vezes sem benefícios e direitos trabalhistas.

Outro aspecto importante é a dependência da economia baiana de setores de baixa produtividade, como a agricultura e o setor público. A falta de diversificação econômica impede o surgimento de novas fontes de riqueza e emprego, contribuindo para o aumento da desigualdade e da pobreza. Além disso, a concentração da economia em Salvador e em algumas poucas cidades próximas agrava a situação, deixando o interior do estado ainda mais vulnerável.

O contexto histórico e social da Bahia também desempenha um papel significativo. O estado iniciou seu processo de industrialização apenas no final do século XX, com destaque para o polo petroquímico de Camaçari. No entanto, nos últimos anos, a Bahia tem enfrentado um fenômeno de desindustrialização, o que tem impactado negativamente sua economia.

A governança do estado é outro tema de debate. Desde 2007, a Bahia é governada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e há discussões sobre o impacto dessa gestão na economia do estado. Críticos argumentam que a administração pública tem sido ineficiente e que há falta de incentivos para o setor privado, enquanto defensores destacam investimentos em infraestrutura e programas sociais que visam mitigar a pobreza.

Para reverter esse quadro, é fundamental que a Bahia desenvolva uma economia mais diversificada e inclusiva. Investimentos em educação e qualificação profissional são essenciais para preparar a população para as demandas do mercado de trabalho. Além disso, políticas públicas que incentivem a inovação e o empreendedorismo podem ajudar a criar novas oportunidades de emprego e renda.

Também é importante fortalecer a infraestrutura do estado, melhorando o acesso a serviços básicos como saneamento, saúde e educação, especialmente nas áreas mais carentes. A atração de investimentos privados e a promoção do turismo, aproveitando o rico patrimônio cultural e natural da Bahia, também podem ser estratégias eficazes para impulsionar o desenvolvimento econômico.

Apesar dos desafios, a Bahia possui um enorme potencial de crescimento. Com uma abordagem estratégica e focada no desenvolvimento sustentável, é possível superar as dificuldades e construir um futuro mais próspero para todos os baianos.



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A IA ajuda a selecionar os candidatos?

A utilização da inteligência artificial nos processos de recrutamento está a suscitar um interesse crescente, sobretudo nas grandes empresas. Prometendo eficiência, rapidez e objetividade, estes algoritmos deverão facilitar a seleção dos perfis mais adequados para cargos frequentemente muito cobiçados. Mas será que esta tecnologia está realmente à altura das suas promessas?Cada vez mais empresas confiam à IA tarefas tradicionalmente reservadas aos recrutadores: pré-seleção de CV, análise de cartas de apresentação ou avaliação de competências durante entrevistas virtuais. Graças a modelos estatísticos complexos, o software seleciona e classifica as candidaturas, reduzindo assim o tempo e os custos de recrutamento. Para muitos gestores de RH, trata-se de um aumento inegável da produtividade.No entanto, a tão proclamada objetividade é objeto de debate. Alguns algoritmos, treinados com base em dados históricos, reproduzem involuntariamente preconceitos já existentes na empresa. “Quando um modelo se baseia em critérios que favorecem um tipo de percurso ou de perfil, arrisca-se a excluir candidatos competentes”, sublinha Marine Dupont, consultora de recursos humanos em Paris. Além disso, o funcionamento destes sistemas permanece obscuro, o que torna difícil contestar uma decisão considerada injusta ou discriminatória.Apesar destas reservas, o futuro do recrutamento parece ser indissociável da IA. Para limitar os abusos, os especialistas recomendam uma utilização complementar: os humanos mantêm um papel fundamental na avaliação final, enquanto a IA apoia os recrutadores na fase inicial de seleção. Uma coisa é certa: embora a IA possa acelerar o processo e reduzir algumas formas de subjetividade, não substituirá em breve a sensibilidade e o discernimento humanos, indispensáveis para identificar os talentos mais promissores.

Uruguai melhor que estados BR

O Uruguai, um pequeno país da América do Sul com cerca de 3,5 milhões de habitantes, tem se destacado por seu alto nível de desenvolvimento em comparação com seus vizinhos, incluindo o Brasil. Embora o Brasil seja uma das maiores economias do mundo, muitos de seus estados enfrentam desafios econômicos e sociais significativos. Neste artigo, exploramos por que o Uruguai é frequentemente considerado mais rico do que todos os estados do Brasil, analisando indicadores econômicos e sociais recentes, além dos fatores que contribuem para essa percepção.Indicadores econômicosEm termos de Produto Interno Bruto (PIB) per capita, o Uruguai registra aproximadamente 18.029 dólares em 2023, um valor bem superior ao do Brasil como um todo, que alcança cerca de 8.918 dólares em 2022. Mesmo ao analisar os estados brasileiros individualmente, a maioria apresenta números bem inferiores. Embora o Distrito Federal, por exemplo, supere o Uruguai com um PIB per capita estimado em 22.618 dólares em 2022, ele é uma exceção. A vasta maioria dos estados brasileiros não chega perto do desempenho econômico uruguaio por habitante.Outro ponto forte do Uruguai é sua economia estável e diversificada. Diferentemente de muitos estados brasileiros, que dependem fortemente de setores como agricultura ou mineração, o Uruguai equilibra atividades como agricultura, turismo e serviços. Essa diversificação reduz a vulnerabilidade a crises externas e garante uma base econômica mais sólida.Indicadores sociaisNo quesito desenvolvimento humano, o Uruguai também se sobressai. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,817, contra 0,765 do Brasil. Embora alguns estados brasileiros, como o Distrito Federal, alcancem valores mais altos em dados mais antigos, a média nacional e a maioria dos estados ficam abaixo do Uruguai. A taxa de pobreza é outro diferencial: enquanto o Uruguai mantém cerca de 8,8% de sua população em situação de pobreza, o Brasil registra 24,3%.A desigualdade é igualmente menor no Uruguai, com um coeficiente de Gini de 0,39, em contraste com 0,53 no Brasil, um dos mais altos da América Latina. Isso reflete uma distribuição de renda mais equitativa entre os uruguaios. Na educação, o país ostenta uma taxa de alfabetização de 98,7%, superior aos 93,2% do Brasil, além de oferecer maior acesso e qualidade no ensino médio e superior.Fatores contribuintesDiversos fatores ajudam a explicar essa superioridade relativa do Uruguai:- Estabilidade política e econômica: O Uruguai possui uma democracia consolidada e políticas econômicas consistentes, criando um ambiente atrativo para investimentos e crescimento sustentável.- Tamanho e homogeneidade: Com uma população pequena e menos disparidades regionais, o país consegue gerenciar recursos e implementar políticas sociais de maneira mais eficiente que o Brasil, marcado por grandes diferenças entre suas regiões.- Economia aberta: O Uruguai adota uma postura favorável ao comércio internacional, com baixas barreiras tarifárias e foco em exportações de alto valor, como carne e laticínios, o que contrasta com o protecionismo brasileiro.- Investimento em capital humano: Altos investimentos em educação e saúde resultam em uma população mais qualificada e saudável, impulsionando a produtividade.- Políticas sociais eficazes: Um sistema de bem-estar social robusto reduz a pobreza e a desigualdade, garantindo que os benefícios do crescimento cheguem a mais pessoas.ConclusãoEmbora alguns estados brasileiros, como o Distrito Federal, apresentem indicadores econômicos e sociais que rivalizam ou superam os do Uruguai em aspectos específicos, o Uruguai se destaca como um todo por sua estabilidade, equidade e desenvolvimento. Sua capacidade de combinar uma economia diversificada, uma sociedade mais igualitária e um ambiente político confiável o coloca em uma posição de destaque em relação à maioria dos estados do Brasil, oferecendo lições valiosas para a região.

UE: Eleições Austríacas abalam o Establishment

Analisamos a recente sondagem austríaca que deu a vitória ao Partido da Liberdade, de extrema-direita, e explicamos porque é que a bandeira da União Europeia voltou a voar nas instituições europeias.