El Comercio De La República - Federação Alemã de Futebol é condenada por fraude fiscal na Copa do Mundo de 2006

Lima -
Federação Alemã de Futebol é condenada por fraude fiscal na Copa do Mundo de 2006
Federação Alemã de Futebol é condenada por fraude fiscal na Copa do Mundo de 2006 / foto: DANIEL ROLAND - AFP

Federação Alemã de Futebol é condenada por fraude fiscal na Copa do Mundo de 2006

A Federação Alemã de Futebol (DFB) foi condenada nesta quarta-feira (25) a pagar uma multa de 130 mil euros (aproximadamente R$ 830 mil na cotação atual) por um caso de fraude fiscal relacionado à organização da Copa do Mundo de 2006, disputada no país.

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Os antigos dirigentes da DFB "defraudaram deliberadamente o fisco, não há dúvidas sobre isso", declarou a juíza Eva-Marie Distler, do tribunal de Frankfurt, durante a leitura do veredito.

A promotoria havia pedido uma multa duas vezes maior, de 270 mil euros (R$ 1,7 milhão).

No centro do processo, que foi aberto em março de 2024, está o pagamento de 6,7 milhões de euros (R$ 42,7 milhões) a um comitê responsável pela organização do torneio para cobrir as supostas despesas de uma cerimônia que nunca aconteceu, tornando seu custo não tributável.

Segundo o tribunal, esse valor teria sido utilizado pelo presidente da Copa do Mundo de 2006, o lendário ex-jogador Franz Beckenbauer, falecido em janeiro de 2024, para corromper os membros da comissão financeira da Fifa a fim de garantir uma subvenção de 170 milhões de euros (R$ 1 bilhão) da entidade máxima do futebol.

Depois deste escândalo, a DFB teve seu status de organização de utilidade pública revogado.

"A DFB não pode ceder a tudo, mesmo que o futebol seja o esporte preferido dos alemães", afirmou Distler, para quem a imagem da federação ficou "manchada".

Os dirigentes da DFB "realizaram pagamentos não declarados e mantiveram o sistema corrupto da Fifa", continuou a juíza.

As acusações contra três ex-dirigentes da federação, Theo Zwanziger, Wolfgang Niersbach e Horst Schmidt, foram retiradas mediante o pagamento de multas entre 10 mil euros (R$ 63 mil) e 65 mil euros (R$ 414 mil).

B.Morales--ECdLR