

Opep+ aumenta produção de petróleo em 547.000 barris diários
Arábia Saudita, Rússia e outros seis países produtores de petróleo da Opep+ decidiram neste domingo (3) aumentar suas cotas de produção, ampliando a estratégia de reconquista de parcelas do mercado.
Os oito ministros da Energia decidiram um aumento "da produção de 547.000 barris por dia em setembro de 2025 na comparação com o nível de produção de agosto", afirma um comunicado da Opep.
O aumento já está antecipado nos preços atuais do petróleo bruto, segundo Giovanni Staunovo do banco UBS, que não prevê turbulências na reabertura dos mercados na segunda-feira.
O preço do Brent, referência mundial, está atualmente ao redor de 70 dólares, muito distante do máximo de 120 dólares alcançado no início de 2022, após a invasão das forças russas da Ucrânia.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) preferem se concentrar atualmente na recuperação de parcelas do mercado.
A Opep+ decidiu há alguns meses aumentar as cotas de produção, após lutar por muito tempo contra a queda dos preços, reduzindo a oferta por meio de vários cortes de produção.
Um dos cortes, 2,2 milhões de barris por dia, estabelecido por Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã, fica totalmente anulado com o aumento previsto para setembro.
O horizonte para os próximos meses é mais incerto, "nosso cenário base aposta que o grupo fará uma pausa em seus aumentos", adianta Warren Patterson, do ING.
Os preços resistiram melhor do que os observadores haviam antecipado em abril, quando começou o ciclo de aumento das cotas de produção.
Entre março e junho, o aumento efetivo da produção foi menor do que as cotas anunciadas no mesmo período, destacou recentemente Staunovo em uma nota.
"Mas o mercado deve registrar um excedente (de oferta de petróleo) importante a partir do quarto trimestre deste ano, e a Opep+ deverá garantir que não vai agravar este excedente", opinou Patterson.
J.Vargas--ECdLR