

Brescia, ex-time de Baggio, perde licença e vai desaparecer após 114 anos
O Brescia, um dos clubes mais tradicionais do futebol italiano, perdeu seu status profissional e sua licença, anunciou a Federação Italiana de Futebol (FIGC) nesta quinta-feira.
"O Conselho Federal da FIGC toma conhecimento da não concessão da licença nacional ao Brescia Calcio para a temporada 2025-2026 e da consequente não admissão da mesma ao campeonato da Serie C (terceira divisão)", declarou a entidade.
Em sua decisão, a FIGC detalha as inúmeras infrações administrativas e faltas de pagamento que levaram a esta resolução envolvendo o time fundado em 1911.
O empresário italiano Massimo Cellino, proprietário do clube lombardo desde 2017, tinha até 6 de junho para quitar parte dos oito milhões de euros (cerca de R$ 51 milhões pela cotação atual) em impostos e outras dívidas atrasados.
O Brescia havia sido penalizado pelo Tribunal da FIGC com oito pontos deduzidos, divididos entre duas temporadas (a recém-concluída e a prevista para começar em agosto), por essas infrações administrativas.
Considerando essa sanção, o Brescia, que havia terminado em 15º (43 pontos) na classificação da Serie B, caiu para 18º (39 pontos), resultando em seu rebaixamento para a terceira divisão.
O Brescia passou 23 temporadas na primeira divisão, a última das quais na temporada 2019-2020. Seu melhor resultado de todos os tempos foi o oitavo lugar na temporada 2000-2001.
Jogadores lendários como Roberto Baggio, Andrea Pirlo, Luca Toni e Pep Guardiola, entre outros, passaram pelo clube.
O rebaixamento beneficiou outro clube tradicional, a Sampdoria, que havia sido rebaixada para a Serie C pela primeira vez em sua história. No entanto, após uma decisão das autoridades italianas, disputou um playoff contra a Salernitana, vencendo por 2 a 0 e conseguindo permanecer na segunda divisão.
V.Espinoza--ECdLR