El Comercio De La República - Abbas se declara favorável a uma desmilitarização do Hamas

Lima -
Abbas se declara favorável a uma desmilitarização do Hamas
Abbas se declara favorável a uma desmilitarização do Hamas / foto: Zain JAAFAR - AFP/Arquivos

Abbas se declara favorável a uma desmilitarização do Hamas

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, se declarou favorável a que o Hamas "deponha suas armas" e condenou o ataque "inaceitável" de 7 de outubro de 2023 em Israel, informou nesta terça-feira (10) o governo da França.

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Abbas enviou uma carta ao presidente da França, Emmanuel Macron, e ao príncipe herdeiro saudita Mohamed bin Salman, antes da conferência da próxima semana que os dois países organizarão na ONU sobre debater a chamada solução de dois Estados - um israelense e um palestino.

A conferência acontece em um contexto de forte pressão mundial para que Israel acabe com a guerra em Gaza, onde a população enfrenta bombardeios diários e está à beira da fome devido às restrições impostas, segundo a ONU.

Em seus compromissos por escrito, Abbas expressa disposição para "que forças árabes e internacionais sejam implementadas no âmbito de uma missão de estabilização e proteção com um mandato do Conselho de Segurança" das Nações Unidas.

Um futuro Estado palestino "não tem nenhuma intenção de ser um Estado militarizado e está disposto a trabalhar em acordos de segurança em benefício de todas as partes, desde que conte com uma proteção internacional", acrescenta a carta.

O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e o presidente da Autoridade Palestina, que não tem poder efetivo no território, assumiu o compromisso de que o movimento islamista "não governará" o enclave no âmbito de um futuro Estado palestino.

"O que o Hamas fez em 7 de outubro de 2023, ao matar e tomar civis como reféns, é inaceitável e condenável", escreveu Abbas, que pediu ao movimento islamista que liberte "imediatamente todos os reféns".

A presidência francesa celebrou em um comunicado os "compromissos concretos e inéditos, que atestam uma vontade real de avançar rumo à implementação da solução de dois Estados".

G.Galindo--ECdLR