

Maré vermelha toma Haia para pedir ao governo que lute contra o 'genocídio' em Gaza
Vestidos de vermelho, dezenas de milhares de manifestantes marcharam neste domingo (15) pelas ruas de Haia para pedir ao governo holandês que tome mais medidas contra o que consideram um "genocídio" em Gaza.
Cerca de 150 mil pessoas participaram da marcha, segundo os organizadores.
Grupos de defesa dos direitos, como a Anistia Internacional e a Oxfam, organizaram a manifestação pela cidade até a Corte Internacional de Justiça.
Os manifestantes, agitando bandeiras palestinas e aos gritos de "Parem o genocídio", transformaram um parque no centro da cidade em um mar vermelho.
Nas faixas podia-se ler "Não desvie o olhar, faça algo", "Parem a cumplicidade holandesa" e "Silêncio quando as crianças dormem, não quando morrem".
Os organizadores clamaram ao governo holandês, que caiu em 3 de junho após a retirada de um partido de extrema direita, que faça mais para tentar conter Israel.
"Os habitantes de Gaza não podem esperar e os Países Baixos têm o dever de fazer tudo o que for possível para parar o genocídio", declararam em seu apelo à ação.
O primeiro-ministro holandês em exercício, Dick Schoof, afirmou no X: "A todos os que estão em Haia, digo: nós vemos e ouvimos vocês". "Afinal, nosso objetivo é o mesmo: pôr fim ao sofrimento em Gaza o mais rápido possível".
Após romper a trégua de dois meses, Israel retomou sua ofensiva em meados de março contra a Faixa de Gaza e intensificou suas operações militares em 17 de maio, com o objetivo de eliminar o movimento islamista palestino Hamas, libertar os últimos reféns e controlar o território.
O ataque lançado em 7 de outubro de 2023 pelo Hamas causou a morte de 1.218 pessoas do lado israelense, em sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP com base em dados oficiais.
Em resposta, Israel lançou uma campanha militar que matou 54.600 palestinos, principalmente civis, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.
M.Chávez--ECdLR