El Comercio De La República - Bitcoin: Rumo aos US$150 mil?

Lima -

Bitcoin: Rumo aos US$150 mil?




O Bitcoin, a criptomoeda mais conhecida do mundo, está novamente no centro das atenções, alcançando valores recorde que reacendem o entusiasmo dos investidores e levantam questões sobre o futuro. Nos últimos meses, o preço do Bitcoin disparou, superando a barreira dos US$100 mil em dezembro de 2024 e mantendo uma trajetória de alta que muitos analistas consideram promissora. Mas o que está por trás desta valorização? Será este o momento de vender ou continuar a investir?

A recente escalada do Bitcoin coincide com um ambiente económico global marcado por incertezas. A crescente dívida pública em várias economias, incluindo os Estados Unidos, tem levado investidores a procurar ativos alternativos como proteção contra a inflação e a desvalorização das moedas fiduciárias. O Bitcoin, com a sua oferta limitada a 21 milhões de unidades, é frequentemente comparado ao ouro, sendo visto como uma reserva de valor em tempos de instabilidade. Esta perceção tem impulsionado a procura, especialmente entre investidores institucionais, que continuam a entrar no mercado.

Outro fator determinante é o contexto político, nomeadamente nos Estados Unidos. A eleição de Donald Trump em novembro de 2024 trouxe um novo fôlego ao mercado de criptomoedas. Durante a campanha, Trump prometeu tornar os EUA a "capital mundial das criptomoedas", uma mudança radical face à sua postura crítica no passado. Propostas como a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin e a nomeação de reguladores favoráveis ao setor, como Paul Atkins para a Comissão de Valores Mobiliários (SEC), alimentaram o otimismo. A saída de Gary Gensler, antigo presidente da SEC e visto como adversário das criptomoedas, também contribuiu para a confiança dos investidores.

Além disso, o mercado tem sido impulsionado por desenvolvimentos estruturais. A aprovação de fundos negociados em bolsa (ETF) de Bitcoin nos EUA aumentou a acessibilidade para investidores tradicionais, atraindo milhares de milhões de dólares em capital. O último "halving" do Bitcoin, que reduziu as recompensas dos mineiros, reforçou a narrativa de escassez, historicamente associada a ciclos de alta. Estes fatores, combinados com a crescente adoção do Bitcoin como meio de pagamento em algumas regiões, têm sustentado a sua valorização.

Mas será que o Bitcoin pode realmente atingir os US$150 mil? Alguns analistas são otimistas. Há previsões de que o preço possa alcançar esta marca até meados de 2025, impulsionado pela continuação do interesse institucional e por um ambiente macroeconómico favorável. Outros, porém, alertam para a volatilidade inerente ao mercado. O Bitcoin já passou por correções significativas no passado, e há quem acredite que os atuais níveis de preço podem atrair realizações de lucros, especialmente se as políticas económicas de Trump, como as tarifas comerciais, gerarem pressões inflacionistas inesperadas.

Para os investidores, a questão central é: vender agora ou manter? A resposta depende dos objetivos individuais. Especialistas recomendam cautela, lembrando que as criptomoedas são ativos de alto risco. Uma estratégia comum é alocar apenas uma pequena percentagem do portefólio a criptoativos, diversificando para mitigar perdas. Além disso, a história mostra que, após picos de preço, o Bitcoin tende a estabilizar, o que pode beneficiar outras criptomoedas, conhecidas como altcoins, à medida que o capital flui para ativos menos valorizados.

O futuro do Bitcoin permanece incerto, mas o seu impacto no sistema financeiro global é inegável. À medida que a criptomoeda continua a desafiar expetativas, o debate sobre o seu valor e função intensifica-se. Para já, o mercado parece estar a apostar numa continuação da alta, mas, como sempre, o caminho está cheio de surpresas.



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A IA ajuda a selecionar os candidatos?

A utilização da inteligência artificial nos processos de recrutamento está a suscitar um interesse crescente, sobretudo nas grandes empresas. Prometendo eficiência, rapidez e objetividade, estes algoritmos deverão facilitar a seleção dos perfis mais adequados para cargos frequentemente muito cobiçados. Mas será que esta tecnologia está realmente à altura das suas promessas?Cada vez mais empresas confiam à IA tarefas tradicionalmente reservadas aos recrutadores: pré-seleção de CV, análise de cartas de apresentação ou avaliação de competências durante entrevistas virtuais. Graças a modelos estatísticos complexos, o software seleciona e classifica as candidaturas, reduzindo assim o tempo e os custos de recrutamento. Para muitos gestores de RH, trata-se de um aumento inegável da produtividade.No entanto, a tão proclamada objetividade é objeto de debate. Alguns algoritmos, treinados com base em dados históricos, reproduzem involuntariamente preconceitos já existentes na empresa. “Quando um modelo se baseia em critérios que favorecem um tipo de percurso ou de perfil, arrisca-se a excluir candidatos competentes”, sublinha Marine Dupont, consultora de recursos humanos em Paris. Além disso, o funcionamento destes sistemas permanece obscuro, o que torna difícil contestar uma decisão considerada injusta ou discriminatória.Apesar destas reservas, o futuro do recrutamento parece ser indissociável da IA. Para limitar os abusos, os especialistas recomendam uma utilização complementar: os humanos mantêm um papel fundamental na avaliação final, enquanto a IA apoia os recrutadores na fase inicial de seleção. Uma coisa é certa: embora a IA possa acelerar o processo e reduzir algumas formas de subjetividade, não substituirá em breve a sensibilidade e o discernimento humanos, indispensáveis para identificar os talentos mais promissores.

Brasil: Crise Econômica em 2025

Brasil enfrenta um momento de grande incerteza econômica. Com projeções de crescimento revisadas para baixo, preocupações com a sustentabilidade fiscal e uma inflação persistente, o país se prepara para desafios significativos em 2025. Além disso, fatores externos e internos, como o cenário político e as tensões globais, aumentam a complexidade do panorama. Neste artigo, exploramos os principais perigos e o que mais preocupa os brasileiros hoje.Cenário EconômicoAs projeções para o crescimento do PIB brasileiro em 2025 estão sendo revisadas para baixo por instituições internacionais. Estimativas que antes apontavam um crescimento de 2,2% foram reduzidas para 1,8%, enquanto outras projeções indicam 2%. O governo brasileiro, por outro lado, mantém uma perspectiva mais otimista, prevendo um crescimento de 2,3% para este ano e 2,5% para 2026. Essa diferença de visões sublinha a incerteza que ronda a economia nacional.Desafios FiscaisA sustentabilidade fiscal é uma preocupação central. Há alertas sobre a necessidade de um arcabouço fiscal sólido e uma reforma tributária para conter o aumento da dívida pública, que já está em níveis altos quando comparada a outros países emergentes. Sem essas ações, o risco de uma crise de dívida séria paira sobre o Brasil.Pressão InflacionáriaA inflação segue como um problema persistente. Projeções apontam que ela pode permanecer acima da meta de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual. Fatores como a depreciação do real e os efeitos prolongados de políticas monetárias mais rígidas alimentam essa pressão, dificultando o controle dos preços.Política e Fatores ExternosO cenário político contribui para a instabilidade. Com eleições no horizonte e possíveis mudanças nas políticas econômicas, a continuidade das reformas necessárias está em xeque. Fora do país, a desaceleração econômica global e tensões geopolíticas podem atingir o Brasil, especialmente por sua dependência de exportações de commodities.Outras PreocupaçõesAlém disso, as mudanças climáticas afetam diretamente o agronegócio, essencial para a economia brasileira. A evolução tecnológica e questões sociais, como desigualdade e desemprego, também geram inquietação entre a população.ConclusãoEm resumo, o Brasil encara um 2025 marcado por incertezas econômicas. Desafios fiscais, inflação elevada e um contexto político e externo instável demandam políticas firmes e reformas estruturais. A resposta do governo será decisiva para evitar que o pior cenário se concretize.

UE: Eleições Austríacas abalam o Establishment

Analisamos a recente sondagem austríaca que deu a vitória ao Partido da Liberdade, de extrema-direita, e explicamos porque é que a bandeira da União Europeia voltou a voar nas instituições europeias.