El Comercio De La República - Trump / Irã: mercados estáveis

Lima -

Trump / Irã: mercados estáveis




O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou suas críticas ao Irã, alertando sobre possíveis ações militares caso o país não abandone seu programa nuclear. Em declarações recentes, Trump afirmou que o Irã não pode ter uma arma nuclear e que está pronto para agir se necessário. Essa postura gerou preocupações sobre um conflito mais amplo no Oriente Médio, mas, até o momento, os mercados financeiros parecem não ter reagido de forma significativa, mantendo-se estáveis diante das tensões.

Trump, que tem adotado uma linha dura em relação ao Irã desde o início de seu mandato, reiterou sua posição durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca. Ele destacou que o Irã deve aceitar um acordo nuclear mais rigoroso ou enfrentar consequências severas. "Estamos prontos para negociar, mas o tempo está se esgotando", disse o presidente. Ele também mencionou que os EUA têm muitas opções à disposição, incluindo sanções econômicas e, se necessário, intervenções militares.

A escalada retórica de Trump ocorre em um momento delicado, com o Irã aumentando suas atividades de enriquecimento de urânio, o que tem sido visto como uma provocação por parte de Washington. O governo iraniano, por sua vez, nega que esteja buscando armas nucleares e acusa os EUA de violarem o acordo nuclear de 2015, do qual Trump se retirou em 2018.

Enquanto isso, os mercados financeiros globais têm mostrado uma surpreendente resiliência diante das ameaças de Trump. O índice S&P 500, por exemplo, fechou em alta na última sessão, ignorando as tensões geopolíticas. Analistas sugerem que os investidores estão mais focados em dados econômicos positivos nos EUA e na expectativa de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, o que pode estar ofuscando os riscos de um conflito com o Irã.

No entanto, alguns especialistas alertam que essa aparente negação dos mercados pode ser temporária. "Os mercados estão subestimando o potencial de um conflito mais amplo", disse um analista de risco geopolítico. "Se as tensões continuarem a aumentar, poderemos ver uma correção significativa nos preços dos ativos."

A situação permanece fluida, com ambos os lados mantendo suas posições firmes. O Irã tem prometido responder a qualquer agressão americana, aumentando o temor de uma escalada militar. Apesar disso, os mercados financeiros, pelo menos por enquanto, parecem estar em um estado de negação, apostando que as tensões não se transformarão em um conflito aberto.



Apresentou


Trump e o tarifaço no Brasil

O governo dos Estados Unidos impôs neste início de agosto uma tarifa-base de 10 % sobre todas as importações e penalidades adicionais de 40 % contra o Brasil, elevando o tributo efetivo para 50 %. A medida resulta da nova ordem executiva norte-americana que aplica tarifas “recíprocas” a países considerados concorrentes injustos. Economistas alertam que o choque tarifário tende a agravar pressões inflacionárias globais e encarecer insumos industriais.Exportações em risco, mas menores que há uma décadaApesar de o Brasil ter diversificado parceiros, os EUA ainda absorveram cerca de US$ 35 bilhões em produtos brasileiros em 2024. Itens como aço, celulose, calçados e carne bovina agora entram no mercado norte-americano com metade do valor retido em impostos, o que pode reduzir margens ou provocar desvios de carga para a Ásia.Impacto direto nos mercados financeirosDesde os anúncios preliminares, o real oscilou perto de R$ 5,50 por dólar e o Ibovespa recuou 2,8 % em dois dias, com quedas acentuadas em siderurgia e papel-celulose. Já empresas voltadas ao consumo interno e exportadoras para a China mostraram relativa resiliência, sugerindo rotação setorial entre investidores.O que fazer com seus investimentos?- Proteção cambial: dolarizar parte da carteira ou usar fundos atrelados a moeda forte reduz o risco de desvalorização do real.- Renda fixa indexada à inflação: caso o repasse de custos eleve os preços, papéis atrelados ao IPCA ganham atratividade.- Ações voltadas ao mercado interno: varejo alimentar, energia e saneamento tendem a sentir menos o choque tarifário norte-americano.- Commodities defensivas: produtores de soja e minério podem redirecionar vendas para a Ásia, compensando parte da perda nos EUA.Resposta de BrasíliaO Ministério da Fazenda avalia contestar as tarifas na OMC, mas, no curto prazo, busca acordos setoriais para mitigar o impacto no aço e na proteína animal. Paralelamente, o Banco Central sinalizou que pode intervir no câmbio para conter volatilidade excessiva, reforçando linhas de swap cambial.Cenário de médio prazoAnalistas projetam que, mesmo com o golpe inicial, o PIB brasileiro de 2025 ainda pode crescer perto de 1,8 %, sustentado pelo consumo doméstico e pelo agronegócio. Contudo, a incerteza comercial adiciona prêmio de risco: títulos soberanos brasileiros em dólares já pagam cerca de 25 pontos-base a mais desde o decreto.ConclusãoO tarifaço de Trump não afunda o Brasil de imediato, mas obriga empresas e investidores a reverem cadeias de valor, custos de capital e estratégias de diversificação. Quem ajustar portfólio e gestão de riscos agora estará melhor posicionado para um cenário de comércio mundial mais fragmentado.

Brasil: Crise Econômica em 2025

Brasil enfrenta um momento de grande incerteza econômica. Com projeções de crescimento revisadas para baixo, preocupações com a sustentabilidade fiscal e uma inflação persistente, o país se prepara para desafios significativos em 2025. Além disso, fatores externos e internos, como o cenário político e as tensões globais, aumentam a complexidade do panorama. Neste artigo, exploramos os principais perigos e o que mais preocupa os brasileiros hoje.Cenário EconômicoAs projeções para o crescimento do PIB brasileiro em 2025 estão sendo revisadas para baixo por instituições internacionais. Estimativas que antes apontavam um crescimento de 2,2% foram reduzidas para 1,8%, enquanto outras projeções indicam 2%. O governo brasileiro, por outro lado, mantém uma perspectiva mais otimista, prevendo um crescimento de 2,3% para este ano e 2,5% para 2026. Essa diferença de visões sublinha a incerteza que ronda a economia nacional.Desafios FiscaisA sustentabilidade fiscal é uma preocupação central. Há alertas sobre a necessidade de um arcabouço fiscal sólido e uma reforma tributária para conter o aumento da dívida pública, que já está em níveis altos quando comparada a outros países emergentes. Sem essas ações, o risco de uma crise de dívida séria paira sobre o Brasil.Pressão InflacionáriaA inflação segue como um problema persistente. Projeções apontam que ela pode permanecer acima da meta de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual. Fatores como a depreciação do real e os efeitos prolongados de políticas monetárias mais rígidas alimentam essa pressão, dificultando o controle dos preços.Política e Fatores ExternosO cenário político contribui para a instabilidade. Com eleições no horizonte e possíveis mudanças nas políticas econômicas, a continuidade das reformas necessárias está em xeque. Fora do país, a desaceleração econômica global e tensões geopolíticas podem atingir o Brasil, especialmente por sua dependência de exportações de commodities.Outras PreocupaçõesAlém disso, as mudanças climáticas afetam diretamente o agronegócio, essencial para a economia brasileira. A evolução tecnológica e questões sociais, como desigualdade e desemprego, também geram inquietação entre a população.ConclusãoEm resumo, o Brasil encara um 2025 marcado por incertezas econômicas. Desafios fiscais, inflação elevada e um contexto político e externo instável demandam políticas firmes e reformas estruturais. A resposta do governo será decisiva para evitar que o pior cenário se concretize.

UE: Eleições Austríacas abalam o Establishment

Analisamos a recente sondagem austríaca que deu a vitória ao Partido da Liberdade, de extrema-direita, e explicamos porque é que a bandeira da União Europeia voltou a voar nas instituições europeias.