El Comercio De La República - Ações do BB em Queda Livre

Lima -

Ações do BB em Queda Livre




As ações do Banco do Brasil (BBAS3) estão enfrentando um período de turbulência que tem alarmado investidores e colocado em xeque o futuro da instituição. Em 2024, os papéis do banco já acumulavam uma queda de 6,53%, saindo de R$ 25,86 no final de 2023 para R$ 24,17. Após atingirem uma máxima de R$ 28,94 em setembro de 2024, as ações despencaram 16,5% até o fim do ano. A situação se intensificou em 2025, com uma queda vertiginosa de 12,69% em um único dia, em 16 de maio, logo após a divulgação dos resultados financeiros do primeiro trimestre, que surpreenderam negativamente o mercado.

Um Gigante Sob Pressão
O Banco do Brasil, uma das principais instituições financeiras do país e um pilar da economia brasileira, tem sentido o peso de múltiplos desafios. O mercado de ações como um todo reflete um pessimismo em relação a ativos de risco, com o Ibovespa registrando uma queda de 10,36% em 2024. No entanto, os problemas do banco vão além do cenário macroeconômico. O setor de agronegócio, uma das bases do portfólio de crédito da instituição, enfrenta dificuldades devido a mudanças climáticas e à queda nos preços das commodities. Isso elevou a inadimplência para 3,9% no primeiro trimestre de 2025, contra 3,3% no trimestre anterior, pressionando a qualidade dos ativos.

Além disso, novas regras contábeis impostas pelo Banco Central, por meio da Resolução 4.966, obrigaram o banco a aumentar suas provisões, o que impactou diretamente os lucros. No primeiro trimestre de 2025, o lucro líquido ajustado foi de R$ 7,374 bilhões, uma queda de 20,7% em relação ao mesmo período de 2024 e bem abaixo dos R$ 9,093 bilhões esperados por analistas. "Os números são decepcionantes e refletem um cenário mais adverso do que o previsto", comentaram especialistas do mercado, apontando para a combinação de margens financeiras apertadas e deterioração dos ativos como os principais vilões.

O Impacto nos Números
A rentabilidade do banco também sofreu. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) caiu para 16,7%, uma redução significativa de quase 5 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Esse desempenho levou o banco a suspender suas projeções para 2025, citando incertezas no agronegócio e os efeitos das mudanças regulatórias. Para os acionistas, a grande preocupação recai sobre os dividendos, que historicamente são um dos atrativos do investimento no Banco do Brasil. Apesar disso, alguns analistas acreditam que o valuation atual, considerado baixo, ainda pode ser uma oportunidade para quem busca retorno a longo prazo.

Respostas e Perspectivas
A instituição não está de braços cruzados. A CEO Tarciana Medeiros afirmou que o banco está reestruturando sua carteira de crédito e investindo em segmentos como o consignado privado, onde já foram liberados mais de R$ 3,2 bilhões. Há também a expectativa de que uma safra agrícola recorde em 2025 possa aliviar as tensões no agronegócio. "Estamos ajustando nossas operações para enfrentar esse momento desafiador", destacou a executiva em conversas com analistas. No entanto, especialistas alertam que a recuperação não será imediata e que os próximos trimestres serão decisivos.

É o Fim do Banco do Brasil?
Apesar da queda acentuada das ações, dizer que este é o fim do Banco do Brasil seria precipitado. A instituição mantém uma posição sólida no mercado financeiro brasileiro e possui fundamentos que podem sustentá-la em meio à crise. Ainda assim, o cenário atual exige cautela. Para os investidores, o momento é de avaliar os riscos e as oportunidades: enquanto alguns veem um ativo subvalorizado com potencial de retomada, outros temem que os desafios estruturais e externos continuem a pesar sobre os resultados.

Em conclusão, as ações do Banco do Brasil estão em queda livre devido a uma tempestade perfeita de fatores econômicos, setoriais e regulatórios. O futuro da instituição dependerá de sua capacidade de se adaptar a esse ambiente adverso e de recuperar a confiança do mercado. Por ora, o que resta é acompanhar os próximos passos desse gigante financeiro.



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A IA ajuda a selecionar os candidatos?

A utilização da inteligência artificial nos processos de recrutamento está a suscitar um interesse crescente, sobretudo nas grandes empresas. Prometendo eficiência, rapidez e objetividade, estes algoritmos deverão facilitar a seleção dos perfis mais adequados para cargos frequentemente muito cobiçados. Mas será que esta tecnologia está realmente à altura das suas promessas?Cada vez mais empresas confiam à IA tarefas tradicionalmente reservadas aos recrutadores: pré-seleção de CV, análise de cartas de apresentação ou avaliação de competências durante entrevistas virtuais. Graças a modelos estatísticos complexos, o software seleciona e classifica as candidaturas, reduzindo assim o tempo e os custos de recrutamento. Para muitos gestores de RH, trata-se de um aumento inegável da produtividade.No entanto, a tão proclamada objetividade é objeto de debate. Alguns algoritmos, treinados com base em dados históricos, reproduzem involuntariamente preconceitos já existentes na empresa. “Quando um modelo se baseia em critérios que favorecem um tipo de percurso ou de perfil, arrisca-se a excluir candidatos competentes”, sublinha Marine Dupont, consultora de recursos humanos em Paris. Além disso, o funcionamento destes sistemas permanece obscuro, o que torna difícil contestar uma decisão considerada injusta ou discriminatória.Apesar destas reservas, o futuro do recrutamento parece ser indissociável da IA. Para limitar os abusos, os especialistas recomendam uma utilização complementar: os humanos mantêm um papel fundamental na avaliação final, enquanto a IA apoia os recrutadores na fase inicial de seleção. Uma coisa é certa: embora a IA possa acelerar o processo e reduzir algumas formas de subjetividade, não substituirá em breve a sensibilidade e o discernimento humanos, indispensáveis para identificar os talentos mais promissores.

Brasil: Crise Econômica em 2025

Brasil enfrenta um momento de grande incerteza econômica. Com projeções de crescimento revisadas para baixo, preocupações com a sustentabilidade fiscal e uma inflação persistente, o país se prepara para desafios significativos em 2025. Além disso, fatores externos e internos, como o cenário político e as tensões globais, aumentam a complexidade do panorama. Neste artigo, exploramos os principais perigos e o que mais preocupa os brasileiros hoje.Cenário EconômicoAs projeções para o crescimento do PIB brasileiro em 2025 estão sendo revisadas para baixo por instituições internacionais. Estimativas que antes apontavam um crescimento de 2,2% foram reduzidas para 1,8%, enquanto outras projeções indicam 2%. O governo brasileiro, por outro lado, mantém uma perspectiva mais otimista, prevendo um crescimento de 2,3% para este ano e 2,5% para 2026. Essa diferença de visões sublinha a incerteza que ronda a economia nacional.Desafios FiscaisA sustentabilidade fiscal é uma preocupação central. Há alertas sobre a necessidade de um arcabouço fiscal sólido e uma reforma tributária para conter o aumento da dívida pública, que já está em níveis altos quando comparada a outros países emergentes. Sem essas ações, o risco de uma crise de dívida séria paira sobre o Brasil.Pressão InflacionáriaA inflação segue como um problema persistente. Projeções apontam que ela pode permanecer acima da meta de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual. Fatores como a depreciação do real e os efeitos prolongados de políticas monetárias mais rígidas alimentam essa pressão, dificultando o controle dos preços.Política e Fatores ExternosO cenário político contribui para a instabilidade. Com eleições no horizonte e possíveis mudanças nas políticas econômicas, a continuidade das reformas necessárias está em xeque. Fora do país, a desaceleração econômica global e tensões geopolíticas podem atingir o Brasil, especialmente por sua dependência de exportações de commodities.Outras PreocupaçõesAlém disso, as mudanças climáticas afetam diretamente o agronegócio, essencial para a economia brasileira. A evolução tecnológica e questões sociais, como desigualdade e desemprego, também geram inquietação entre a população.ConclusãoEm resumo, o Brasil encara um 2025 marcado por incertezas econômicas. Desafios fiscais, inflação elevada e um contexto político e externo instável demandam políticas firmes e reformas estruturais. A resposta do governo será decisiva para evitar que o pior cenário se concretize.

UE: Eleições Austríacas abalam o Establishment

Analisamos a recente sondagem austríaca que deu a vitória ao Partido da Liberdade, de extrema-direita, e explicamos porque é que a bandeira da União Europeia voltou a voar nas instituições europeias.