El Comercio De La República - Trump: 100 Dias de Incerteza

Lima -

Trump: 100 Dias de Incerteza




Os primeiros 100 dias do segundo mandato de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, iniciados em 20 de janeiro de 2025, trouxeram um cenário de turbulência econômica global. Com políticas agressivas, como tarifas comerciais impostas a mais de 180 países e cortes significativos em empregos públicos e gastos governamentais, Trump reacendeu temores de uma recessão mundial. A combinação de medidas protecionistas e decisões imprevisíveis gerou instabilidade nos mercados e incerteza entre consumidores, empresas e governos.

Políticas Tarifárias e Impacto Imediato
Logo após a posse, Trump anunciou, em 2 de abril de 2025, tarifas recíprocas que afetaram países como China, México e Canadá, principais parceiros comerciais dos EUA. Essas tarifas elevaram os custos de importação, impactando cadeias de suprimentos e aumentando preços para consumidores. Apesar de uma trégua temporária de 90 dias decretada em 9 de abril para a maioria dos países, exceto a China, a confiança no mercado não se recuperou. O índice S&P 500 caiu cerca de 8% desde janeiro, refletindo o pior desempenho econômico nos primeiros 100 dias de um presidente americano desde os anos 1970.

Inflação e Pressão nos EUA
A inflação nos Estados Unidos também subiu, com o índice de preços ao consumidor alcançando 2,9% ao ano em 2024, acima dos 1,4% registrados no fim do primeiro mandato de Trump, em 2021. Economistas apontam que as tarifas podem agravar esse quadro, forçando o Federal Reserve a elevar juros para conter a alta de preços. Tal medida, porém, poderia desacelerar ainda mais a economia, aumentando o risco de recessão doméstica.

Reação Global e Fantasma da Recessão
Os efeitos das políticas de Trump ultrapassaram as fronteiras americanas. Países como Brasil, México e membros da União Europeia enfrentam projeções de crescimento reduzidas. No Brasil, por exemplo, a previsão de crescimento para 2025 caiu de 2,3% para 2,1%, devido ao impacto nas exportações. A OCDE revisou sua projeção de crescimento global de 3,3% para 3,1% em 2025, alertando para os riscos de uma guerra comercial prolongada. China, União Europeia e Canadá responderam com medidas próprias, como tarifas retaliatórias e acordos para fortalecer laços econômicos entre si, tentando minimizar a dependência dos EUA.

Incerteza nos Mercados e Investimentos
A volatilidade nos mercados financeiros disparou, com empresas adiando investimentos e contratações diante da imprevisibilidade. O índice de sentimento do consumidor nos EUA atingiu o menor nível desde novembro de 2022, enquanto a aprovação de Trump caiu de 51,6% para 47,7% em 100 dias, pressionada pela insatisfação de grupos como mulheres e jovens. Analistas sugerem que, sem ajustes nas políticas atuais, a economia global pode estar à beira de uma crise.

Conclusão
Os primeiros 100 dias de Trump em 2025 deixaram a economia mundial em alerta. Tarifas agressivas, instabilidade política e cortes governamentais criaram um ambiente de incerteza, com o espectro de uma recessão global pairando no horizonte. O futuro dependerá da capacidade de Trump de estabilizar os mercados e recuperar a confiança, mas, por enquanto, o mundo segue apreensivo.



Apresentou


Trump e o tarifaço no Brasil

O governo dos Estados Unidos impôs neste início de agosto uma tarifa-base de 10 % sobre todas as importações e penalidades adicionais de 40 % contra o Brasil, elevando o tributo efetivo para 50 %. A medida resulta da nova ordem executiva norte-americana que aplica tarifas “recíprocas” a países considerados concorrentes injustos. Economistas alertam que o choque tarifário tende a agravar pressões inflacionárias globais e encarecer insumos industriais.Exportações em risco, mas menores que há uma décadaApesar de o Brasil ter diversificado parceiros, os EUA ainda absorveram cerca de US$ 35 bilhões em produtos brasileiros em 2024. Itens como aço, celulose, calçados e carne bovina agora entram no mercado norte-americano com metade do valor retido em impostos, o que pode reduzir margens ou provocar desvios de carga para a Ásia.Impacto direto nos mercados financeirosDesde os anúncios preliminares, o real oscilou perto de R$ 5,50 por dólar e o Ibovespa recuou 2,8 % em dois dias, com quedas acentuadas em siderurgia e papel-celulose. Já empresas voltadas ao consumo interno e exportadoras para a China mostraram relativa resiliência, sugerindo rotação setorial entre investidores.O que fazer com seus investimentos?- Proteção cambial: dolarizar parte da carteira ou usar fundos atrelados a moeda forte reduz o risco de desvalorização do real.- Renda fixa indexada à inflação: caso o repasse de custos eleve os preços, papéis atrelados ao IPCA ganham atratividade.- Ações voltadas ao mercado interno: varejo alimentar, energia e saneamento tendem a sentir menos o choque tarifário norte-americano.- Commodities defensivas: produtores de soja e minério podem redirecionar vendas para a Ásia, compensando parte da perda nos EUA.Resposta de BrasíliaO Ministério da Fazenda avalia contestar as tarifas na OMC, mas, no curto prazo, busca acordos setoriais para mitigar o impacto no aço e na proteína animal. Paralelamente, o Banco Central sinalizou que pode intervir no câmbio para conter volatilidade excessiva, reforçando linhas de swap cambial.Cenário de médio prazoAnalistas projetam que, mesmo com o golpe inicial, o PIB brasileiro de 2025 ainda pode crescer perto de 1,8 %, sustentado pelo consumo doméstico e pelo agronegócio. Contudo, a incerteza comercial adiciona prêmio de risco: títulos soberanos brasileiros em dólares já pagam cerca de 25 pontos-base a mais desde o decreto.ConclusãoO tarifaço de Trump não afunda o Brasil de imediato, mas obriga empresas e investidores a reverem cadeias de valor, custos de capital e estratégias de diversificação. Quem ajustar portfólio e gestão de riscos agora estará melhor posicionado para um cenário de comércio mundial mais fragmentado.

Brasil: Crise Econômica em 2025

Brasil enfrenta um momento de grande incerteza econômica. Com projeções de crescimento revisadas para baixo, preocupações com a sustentabilidade fiscal e uma inflação persistente, o país se prepara para desafios significativos em 2025. Além disso, fatores externos e internos, como o cenário político e as tensões globais, aumentam a complexidade do panorama. Neste artigo, exploramos os principais perigos e o que mais preocupa os brasileiros hoje.Cenário EconômicoAs projeções para o crescimento do PIB brasileiro em 2025 estão sendo revisadas para baixo por instituições internacionais. Estimativas que antes apontavam um crescimento de 2,2% foram reduzidas para 1,8%, enquanto outras projeções indicam 2%. O governo brasileiro, por outro lado, mantém uma perspectiva mais otimista, prevendo um crescimento de 2,3% para este ano e 2,5% para 2026. Essa diferença de visões sublinha a incerteza que ronda a economia nacional.Desafios FiscaisA sustentabilidade fiscal é uma preocupação central. Há alertas sobre a necessidade de um arcabouço fiscal sólido e uma reforma tributária para conter o aumento da dívida pública, que já está em níveis altos quando comparada a outros países emergentes. Sem essas ações, o risco de uma crise de dívida séria paira sobre o Brasil.Pressão InflacionáriaA inflação segue como um problema persistente. Projeções apontam que ela pode permanecer acima da meta de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual. Fatores como a depreciação do real e os efeitos prolongados de políticas monetárias mais rígidas alimentam essa pressão, dificultando o controle dos preços.Política e Fatores ExternosO cenário político contribui para a instabilidade. Com eleições no horizonte e possíveis mudanças nas políticas econômicas, a continuidade das reformas necessárias está em xeque. Fora do país, a desaceleração econômica global e tensões geopolíticas podem atingir o Brasil, especialmente por sua dependência de exportações de commodities.Outras PreocupaçõesAlém disso, as mudanças climáticas afetam diretamente o agronegócio, essencial para a economia brasileira. A evolução tecnológica e questões sociais, como desigualdade e desemprego, também geram inquietação entre a população.ConclusãoEm resumo, o Brasil encara um 2025 marcado por incertezas econômicas. Desafios fiscais, inflação elevada e um contexto político e externo instável demandam políticas firmes e reformas estruturais. A resposta do governo será decisiva para evitar que o pior cenário se concretize.

UE: Eleições Austríacas abalam o Establishment

Analisamos a recente sondagem austríaca que deu a vitória ao Partido da Liberdade, de extrema-direita, e explicamos porque é que a bandeira da União Europeia voltou a voar nas instituições europeias.