El Comercio De La República - Wilker Leão: Uma Mensagem Sincera

Lima -

Wilker Leão: Uma Mensagem Sincera




Nos últimos anos, Wilker Leão, advogado e ex-cabo do Exército Brasileiro, tornou-se uma figura controversa no cenário digital brasileiro. Conhecido por suas abordagens provocadoras e vídeos que misturam política, militarismo e crítica social, Leão ganhou notoriedade em 2022 ao confrontar o então presidente Jair Bolsonaro, chamando-o de “tchutchuca do centrão” em frente ao Palácio da Alvorada. Esse episódio, que culminou em uma reação física de Bolsonaro, marcou o início de uma trajetória de polêmicas que continuam a ecoar em 2025.

Recentemente, um vídeo intitulado “Meu Recado Sincero ao Wilker Leão” reacendeu o debate sobre a postura do influenciador. Publicado em abril de 2025, o conteúdo aborda a suposta guinada de Leão ao bolsonarismo, um movimento que surpreendeu parte de seus seguidores, dado seu histórico de críticas tanto à direita quanto à esquerda. O recado, carregado de tom crítico, questiona as motivações de Leão, sugerindo que suas ações atuais podem estar mais alinhadas com interesses políticos do que com o combate ao fanatismo, como ele afirmava em seus primeiros vídeos.

Wilker Leão, que já acumula mais de 900 mil inscritos em seu canal no YouTube, construiu sua imagem como um questionador incansável. Entre 2015 e 2022, enquanto atuava como auxiliar jurídico na Secretaria de Economia e Finanças do Exército, ele começou a compartilhar conteúdo sobre direito militar e política. Após deixar a ativa, intensificou sua presença online, abordando temas sensíveis e frequentemente gerando conflitos. Em 2024, por exemplo, sua conduta na Universidade de Brasília (UnB), onde cursa História, gerou tensões. Acusado de gravar aulas sem permissão e expor colegas e professores, Leão foi suspenso por 60 dias, mas retornou às aulas em 2025, reacendendo debates sobre liberdade de expressão e ética no ambiente acadêmico.

O “recado sincero” dirigido a Leão reflete uma percepção crescente de que sua trajetória pode ter mudado de rumo. Críticos apontam que suas provocações, antes vistas como tentativas de promover debate, agora parecem buscar engajamento e polarização. Um episódio em abril de 2025, em frente à biblioteca da UnB, ilustra essa tensão: um confronto verbal com estudantes e militantes, marcado por ofensas mútuas, evidenciou o clima de hostilidade que acompanha suas aparições públicas.

Apesar das controvérsias, Leão mantém uma base fiel de apoiadores, que o veem como uma voz contra o establishment e a “doutrinação” nas universidades. No entanto, a mensagem de 2025 sugere que até mesmo antigos admiradores questionam se suas ações ainda refletem os ideais de imparcialidade que ele defendia. A acusação de alinhamento com o bolsonarismo, em particular, toca em um ponto sensível: em um país polarizado, manter a coerência entre discurso e prática é um desafio constante.

À medida que Wilker Leão segue sua jornada, o “recado sincero” serve como um convite à reflexão. Suas escolhas, tanto no ambiente digital quanto no acadêmico, continuarão a gerar discussões sobre os limites da provocação, o papel dos influenciadores e a busca por autenticidade em um cenário político cada vez mais dividido.



Apresentou


Trump e o tarifaço no Brasil

O governo dos Estados Unidos impôs neste início de agosto uma tarifa-base de 10 % sobre todas as importações e penalidades adicionais de 40 % contra o Brasil, elevando o tributo efetivo para 50 %. A medida resulta da nova ordem executiva norte-americana que aplica tarifas “recíprocas” a países considerados concorrentes injustos. Economistas alertam que o choque tarifário tende a agravar pressões inflacionárias globais e encarecer insumos industriais.Exportações em risco, mas menores que há uma décadaApesar de o Brasil ter diversificado parceiros, os EUA ainda absorveram cerca de US$ 35 bilhões em produtos brasileiros em 2024. Itens como aço, celulose, calçados e carne bovina agora entram no mercado norte-americano com metade do valor retido em impostos, o que pode reduzir margens ou provocar desvios de carga para a Ásia.Impacto direto nos mercados financeirosDesde os anúncios preliminares, o real oscilou perto de R$ 5,50 por dólar e o Ibovespa recuou 2,8 % em dois dias, com quedas acentuadas em siderurgia e papel-celulose. Já empresas voltadas ao consumo interno e exportadoras para a China mostraram relativa resiliência, sugerindo rotação setorial entre investidores.O que fazer com seus investimentos?- Proteção cambial: dolarizar parte da carteira ou usar fundos atrelados a moeda forte reduz o risco de desvalorização do real.- Renda fixa indexada à inflação: caso o repasse de custos eleve os preços, papéis atrelados ao IPCA ganham atratividade.- Ações voltadas ao mercado interno: varejo alimentar, energia e saneamento tendem a sentir menos o choque tarifário norte-americano.- Commodities defensivas: produtores de soja e minério podem redirecionar vendas para a Ásia, compensando parte da perda nos EUA.Resposta de BrasíliaO Ministério da Fazenda avalia contestar as tarifas na OMC, mas, no curto prazo, busca acordos setoriais para mitigar o impacto no aço e na proteína animal. Paralelamente, o Banco Central sinalizou que pode intervir no câmbio para conter volatilidade excessiva, reforçando linhas de swap cambial.Cenário de médio prazoAnalistas projetam que, mesmo com o golpe inicial, o PIB brasileiro de 2025 ainda pode crescer perto de 1,8 %, sustentado pelo consumo doméstico e pelo agronegócio. Contudo, a incerteza comercial adiciona prêmio de risco: títulos soberanos brasileiros em dólares já pagam cerca de 25 pontos-base a mais desde o decreto.ConclusãoO tarifaço de Trump não afunda o Brasil de imediato, mas obriga empresas e investidores a reverem cadeias de valor, custos de capital e estratégias de diversificação. Quem ajustar portfólio e gestão de riscos agora estará melhor posicionado para um cenário de comércio mundial mais fragmentado.

Brasil: Crise Econômica em 2025

Brasil enfrenta um momento de grande incerteza econômica. Com projeções de crescimento revisadas para baixo, preocupações com a sustentabilidade fiscal e uma inflação persistente, o país se prepara para desafios significativos em 2025. Além disso, fatores externos e internos, como o cenário político e as tensões globais, aumentam a complexidade do panorama. Neste artigo, exploramos os principais perigos e o que mais preocupa os brasileiros hoje.Cenário EconômicoAs projeções para o crescimento do PIB brasileiro em 2025 estão sendo revisadas para baixo por instituições internacionais. Estimativas que antes apontavam um crescimento de 2,2% foram reduzidas para 1,8%, enquanto outras projeções indicam 2%. O governo brasileiro, por outro lado, mantém uma perspectiva mais otimista, prevendo um crescimento de 2,3% para este ano e 2,5% para 2026. Essa diferença de visões sublinha a incerteza que ronda a economia nacional.Desafios FiscaisA sustentabilidade fiscal é uma preocupação central. Há alertas sobre a necessidade de um arcabouço fiscal sólido e uma reforma tributária para conter o aumento da dívida pública, que já está em níveis altos quando comparada a outros países emergentes. Sem essas ações, o risco de uma crise de dívida séria paira sobre o Brasil.Pressão InflacionáriaA inflação segue como um problema persistente. Projeções apontam que ela pode permanecer acima da meta de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual. Fatores como a depreciação do real e os efeitos prolongados de políticas monetárias mais rígidas alimentam essa pressão, dificultando o controle dos preços.Política e Fatores ExternosO cenário político contribui para a instabilidade. Com eleições no horizonte e possíveis mudanças nas políticas econômicas, a continuidade das reformas necessárias está em xeque. Fora do país, a desaceleração econômica global e tensões geopolíticas podem atingir o Brasil, especialmente por sua dependência de exportações de commodities.Outras PreocupaçõesAlém disso, as mudanças climáticas afetam diretamente o agronegócio, essencial para a economia brasileira. A evolução tecnológica e questões sociais, como desigualdade e desemprego, também geram inquietação entre a população.ConclusãoEm resumo, o Brasil encara um 2025 marcado por incertezas econômicas. Desafios fiscais, inflação elevada e um contexto político e externo instável demandam políticas firmes e reformas estruturais. A resposta do governo será decisiva para evitar que o pior cenário se concretize.

UE: Eleições Austríacas abalam o Establishment

Analisamos a recente sondagem austríaca que deu a vitória ao Partido da Liberdade, de extrema-direita, e explicamos porque é que a bandeira da União Europeia voltou a voar nas instituições europeias.